PB confirma 3 casos e monitora 16 cidades
Por: BARTOLOMEU HONORATO
A Paraíba registrou três casos confirmados de contaminação de gripe suína sem os pacientes terem viajado ao exterior ou entrado em contato com pacientes que trouxeram o Influenza A de outros Estados brasileiros. A afirmação de que o H1N1 está circulando na capital e interior paraibano foi da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O governo suspeita que a doença já esteja presente em 16 cidades paraibanas. Até agora, ocorreram 73 notificações do vírus na Paraíba, sendo 12 confirmados (duas mortes), 32 descartados e 29 em processo de investigação.
Na lista de confirmação de infectados dentro da Paraíba, está o professor de Inglês Eduardo Barros dos Santos Coelho, 35 anos, que morreu no dia 8 deste mês. A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde informou que a vítima não viajou para outros Estados brasileiros ou até mesmo ao exterior. Ele contraiu a doença na Paraíba. Eduardo Barros morava em Cabedelo. Os dois últimos casos confirmados são de um médico de 61 anos, morador de João Pessoa, e de uma estudante de 14 anos, residente em Coxixola. A gerente de Resposta Rápida da SES, Diana Pinto, explicou que entre os casos confirmados da nova gripe, 75% deles atingiram homens. Ou seja, 54 infectados.
“Considerando a faixa etária, 75% dos pacientes têm entre 15 e 34 anos, sendo que, no geral, a idade varia de 14 a 61 anos. Os casos confirmados estão distribuídos em quatro municípios, sendo oito em João Pessoa, dois em Cabedelo, um em Tavares e um em Coxixola. Nenhum caso foi confirmado em gestante e nenhum dos 29 em investigação é grave”, explicou. Donas de casa, estudantes, crianças, caixas de supermercado, cabeleireiras e trabalhadores do comércio e segurança fazem parte da relação de casos suspeitos da doença e que estão em investigação pela Secretaria de Saúde da Paraíba.
Conforme a SES, 58% dos casos confirmados (sete dos 12) apresentaram quadro de gripe leve e foram considerados apenas como síndrome gripal. O boletim informou, ainda, que a Paraíba apresenta uma taxa de letalidade menor que a do Brasil, com 0,05 óbito por cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto o Brasil registra 0,09 morte em cada 100 mil habitantes. Dentre os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) notificados e encerrados, 22 até o momento, cinco deles (ou 23%) foram confirmados como a nova gripe H1N1 (desses, quatro apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação e dois evoluíram para óbito), um confirmado de influenza A sazonal e 73% (16 dos 22) descartados para Influenza A e B. O levantamento feito pela SES mostrou que os sinais e sintomas mais frequentes nos casos confirmados foram febre, tosse, dor de garganta, coriza e calafrio.
ÔNIBUS
A estudante Fernanda Soares utiliza quatro ônibus diariamente. Dois para trabalhar e dois para ir à faculdade. Ela faz parte do universo de 7,6 milhões de usuários que mensalmente utilizam o transporte coletivo em João Pessoa. Fernanda Soares, assim como os demais, corre o risco de contrair o vírus da Influenza A (gripe suína), devido ao grande fluxo de pessoas que passam nos ônibus. “Sei que estou me arriscando, mas não tenho carro, tenho de recorrer ao transporte coletivo”, disse. Como não tem opção, a estudante procura se prevenir com o que está ao seu alcance. “Sempre que deixo o ônibus, lavo bem as mãos”, declarou.
Foi exatamente pela alta possibilidade de risco do vírus da gripe A nos ônibus, que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fez ontem algumas recomendações importantes que devem ser seguidas pelas empresas de transporte coletivo. Limpar os bancos, corrimão e vidros com álcool em gel, deve ser a primeira medida adotada no combate à gripe A, conforme nota divulgada pela SMS. Com a limpeza, segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Júlia Vaz, os usuários ficarão um pouco menos expostos ao contágio. Mas isso não é suficiente. “Por ser um local de grande rotatividade, os ônibus não poderiam deixar de receber recomendações”, enfatizou. A nota técnica foi enviada ontem para a Associação das Empresas de Transporte Coletivo de João Pessoa (AETC-JP).
Porém, o uso da máscara não é necessário, segundo a coordenadora. “O usuário precisa ter cuidado, mas não tem a necessidade de usar a máscara de proteção, sem a devida recomendação”, disse Júlia Vaz. O uso indiscriminado da máscara, segundo ela, pode trazer outros problemas como a vulnerabilidade a fungos e bactérias.
casos em investigação:
Auxiliar de Serviços Gerais, 37 anos (F) – Bayeux
Criança, 3 anos (M) – Bayuex
Estudante, 15 anos (F) – Cabedelo
Cabeleireira, 33 anos (F) – Campina Grande
Estudante, 29 anos (M) – CG
Estudante, 22 anos (M) – CG
Médico, 42 anos (M) – CG
Contador, 31 anos (M) – CG
Estudante, 13 anos (F) – CG
Agricultor, 65 anos (M) – Capim
Dona de casa, 22 anos (F) – Guarabira
Bancária, 24 anos (F) – João Pessoa
Criança, 6 anos (F) – JP
Dona de casa, 37 anos (F) – JP
Professor, 24 anos (M) - JP
Estudante, 20 anos (F) – JP
Caixa de supermercado, 22 anos (M) – JP
Criança, 1 ano (F) – JP
Criança, 10 anos (M) – JP
Comerciário, 20 anos (M) – JP
Segurança, 29 anos (M) – JP
Estudante, 29 anos (M) – JP
Técnica em Enfermagem, 69 anos (F) – JP
Dona de casa, 73 anos (F) – JP
Estivador, 49 anos (M) – JP
Pedreiro, 58 anos (M) – JP
Dona de casa, 73 anos (F) – Mamanguape
Dona de casa, 74 anos (F) – Santa Rita
Estudante, 10 anos (F) – São Bento
Mural de Recados
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