Ainda não existe uma vacina contra o vírus H1N1, mas isso não justifica o pânico. Melhor a fazer é tomar cuidados básicos | ||||||
por Francisco Oscar de Siqueira França e Tânia S. Souza Chaves | ||||||
Entre algumas conquistas básicas, na saúde, estão para disponibilidade ampla de água potável, tratamento dos esgotos, coleta regular de lixo e, entre outras medidas de higiene, vacinas, técnicas desenvolvidas para o diagnóstico de doenças e seu tratamento, especialmente com antibióticos, no caso de doenças infecciosas. Ainda assim, inúmeros desses benefícios não estão disponíveis a imensas parcelas da população mundial. O processo de globalização trouxe muitas mudanças, entre elas o desenvolvimento e utilização em larga escala de meios de transporte que permitem o deslocamento de multidões, diariamente, mesmo em distâncias continentais, por via aérea. O negativo, neste caso, é, entre outros efeitos indesejáveis, que a facilidade de deslocamento permite a rápida disseminação de agentes infecciosos, com o destaque para a atual pré-pandemia, causada pelo vírus da Influenza AH1N1. Historicamente, o vírus influenza provocou profundo impacto na população mundial com a ocorrência de três pandemias no século 20: a gripe espanhola em 1918, a gripe asiática em 1957 e a gripe de Hong Kong em 1968. | ||||||
A história documenta que as pandemias ocorrem com intervalos constantes, em média de 10 a 50 anos, e a gripe espanhola figura como uma das mais devastadoras. Estima-se que cerca de 50% da população mundial tenha se infectado. Ao menos 25% tiveram infecção clínica o que, em dois anos, resultou na morte de 20 a 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Entre 2003 e 2005 houve a iminência de uma nova pandemia, a partir da circulação de um novo tipo de vírus influenza com elevada patogenicidade: a Influenza AH5N1 ou gripe aviária. Embora tenha havido muitas discussões a respeito dos possíveis resultados catastróficos da Influenza AH5N1, até agora, a pandemia não ocorreu. A influenza pode ser sazonal ou epidêmica, e o quadro clínico de ambas se caracteriza por febre de início súbito, associada a calafrios, dor de garganta, tosse seca, dores musculares e algumas vezes diarreia. A gripe sazonal, apesar de sugerir uma doença banal, é muito mais que isso. Estima-se perto de 500 mil mortes diárias por complicações da influenza, especialmente entre portadores de alguma debilidade. Em fins de abril passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) notifi cou a ocorrência de casos humanos de Influenza AH1N1 no México e, posteriormente, nos Estados Unidos, e, em seguida, o Regulamento Sanitário Internacional da OMS declarou o fato como emergência em Saúde Pública de Importância Internacional. | ||||||
Pesquisas demonstram que o H1N1 é decorrente de uma tripla recombinação genética que inclui genes do vírus influenza de origem humana, aviária e suína. A transmissão da doença ocorre de pessoa a pessoa, através das gotículas eliminadas pela tosse e espirro. O contato com superfícies contaminadas é uma fonte provável de infecção. Desde o início da ameaça, a OMS tem orientado os países membros a intensificar seus esforços nos planos de preparação para o enfrentamento da ameaça. O Brasil dispõe de um plano de prevenção e controle para enfrentar uma pandemia, com estratégias específicas para a abordagem dessa situação. Ocorre, neste momento, uma estreita integração do sistema de vigilância epidemiológica nos diferentes níveis de atuação em escalas federal, estadual e municipal, com resposta rápida na investigação de casos suspeitos, em diferentes momentos desde a assistência, o diagnóstico laboratorial e o tratamento. Isso significa que não há razões para pânico por parte da população. Ainda não existe uma vacina disponível para o novo subtipo de influenza. Seria altamente desejável que essa defesa existisse. Na ausência dela, no entanto, o melhor que se pode fazer é recomendar a viajantes com destino às áreas afetadas que sigam rigorosamente as orientações médicas dos serviços locais de saúde, incluindo o uso de máscaras cirúrgicas, especialmente nas áreas afetadas e com grande aglomeração humana. Além disso, pessoas com sintomas de gripe devem tomar o cuidado de utilizar lenços descartáveis para evitar, em caso de tosse ou espirro, a liberação indesejável do vírus de que são portadoras. Outra medida é lavar as mãos com água e sabão, medida simples que pode ajudar, e muito. Claro que, em caso de manifestações clínicas, a assistência médica deve ser procurada imediatamente. Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/ameacas_e_defesas_numa_pandemia_imprimir.html#print | ||||||
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Mural de Recados
domingo, 28 de junho de 2009
Ameaças e Defesas, numa Pandemia
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